O Cineclube da Kasa Invisível está de volta e dessa vez o tema é distopia!
📺 Próxima sessão: 06/maio, às 16h
“Filhos da Esperança”, de Alfonso Cuarón, 2006.
Sobre a mostra:
Este ano começou com o “Festival do Futuro”. A esquerda institucional comemorou que, após Bolsonaro, o Brasil parecia entrar novamente nos trilhos para realizar – finalmente – a promessa de ser o “país do futuro”. Contudo, já há sinais mais do que evidentes que o governo seguirá adepto dos princípios econômicos do ultra neoliberalismo descritos no panfleto “Ponte para o Futuro”, apesar da calibragem mais ou menos voltada para a gestão “eficiente” do social em frangalhos. Grandes projetos de infraestrutura prometem o mesmo horizonte de décadas atrás: desenvolvimento da nação, ao custo colateral de destruir outras possibilidades de novos futuros.
Instigados por esse mote, apresentamos a mostra de filmes “crise e crítica do futuro” para discutir o lento cancelamento do futuro e o declínio do horizonte de expectativas.
Pensar as distopias do futuro é talvez hoje muito mais próximo de nós do que pensar utopias — estas últimas já soam extemporâneas por demais.
Quadro curioso: Enquanto os utopistas comuns são incapazes de produzir de fato o que são capazes de imaginar, nós somos incapazes de imaginar o que estamos de fato produzindo
Os filmes que serão aqui apresentados retratam distopias, pois essa parece ser a conjunção do tempo que vivemos: é mais fácil imaginar o fim do mundo, do que o fim do capitalismo. Esse diagnóstico da imaginação política deve ser levado a sério e, provavelmente, uma das melhores formas de compreendê-lo seja pensar os produtos culturais que representam o fim do mundo – ou ao menos o fim desse mundo que já transmite sinais de seu esgotamento absoluto.
🔴 Calendário da Mostra:
sessão de MAIO
– Filhos da Esperança (Cuarón, 2006)
sessão de JUNHO
– Divino Amor (Gabriel Mascaro, 2019)
sessões de JULHO
– Dr. Fantástico (Stanley Kubrick, 1964)
– Blade Runner (Ridley Scott, 1982)
sessão de AGOSTO
– Bacurau (Mendonça Filho, Juliano Dornelles, 2019)
sessão de SETEMBRO
– Elysium (Neill Blomkamp, 2013)
sessão de OUTUBRO
– Alphaville (Godard, 1965)
sessão de NOVEMBRO
– Era uma vez em Brasília (Adirley Queirós, 2017)
sessão de DEZEMBRO
– Crumbs (Miguel Llansó, 2015)